segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Gostaria que você lê-se esse texto, pode parecer grande, mais acho que vale a pena... ele é pra você!


Combinamos que não sentiríamos falta. Prometemos um ao outro que nos esqueceríamos. Você me fez jurar que eu não ficaria brava caso visse você com outra garota, e eu te fiz prometer que você não me visitaria de madrugada só pra ver a minha expressão sonolenta. Parecia que ia dar certo. Te esquecer parecia tão fácil. Nós não estávamos mais bem de qualquer forma, não havia porque prolongar. Mas, agora, eu me pego voltando para junho e tentando compreender por que falhamos tanto, por que eu concordei em te deixar ir. Isso parece tão errado como quando você me deixou plantada na chuva em frente à porta de tua casa, pedindo desculpas por eu ser essa desgraça que te afastou. Mas dessa vez, a culpa não é minha. Não apenas minha. Ela é sua também. Tua culpa ser tão estupidamente errado e idiota a ponto de conseguir me perder quase por nada. Nós não daríamos certo, eu sei, mas você sempre gostou dos estragos; sempre te agradou aquilo que não podia ser consertado. E eu continuo sendo a mesma garota bagunçada e perturbada, mas que ainda assim, implora por você nas noites de lua cheia. Mas isso faz diferença pra você? Te toca de alguma forma saber que minha vida está uma droga duplicada sem você? Os homens são tão sem graça perto de você. Eu encontrei um garoto, ele me chama de pequena, me liga todas as noites antes de dormir, e todos os sábados me chama para sair no seu carro importado. O perfume dele não me dá alergia como o seu, as roupas sempre são engomadas e os cabelos são penteados para o lado correto. Ele me deixa recados colados na geladeira quando eu menos espero, me dá beijos na nuca que me faz arrepiar até o dedinho do pé, e quando eu peço, ele me faz massagem nos ombros. Ele é perfeito, tão absurdamente certo, como você nunca foi. Ele nunca discute comigo, e sempre concorda com o que eu digo. Mas ele não é você. Eu sei que isso soa clichê, mas, eu sinto falta de quando você dizia aquelas palavras feias e sujas, e quando você me chamava de baixinha – não pequena. Sinto falta dos bares imundos que você me levava e do seu carro que parecia propício para você me pegar em seu colo e sussurrar no meu ouvido que eu era a garota mais chata e irritante do mundo. E você me dava um beijo que me deixava impossibilitada de pensar durante bons segundos, e dizia me amar. Tuas mãos grandes se encaixavam tão bem com as minhas miúdas. Teu perfume que me dava alergia era bom. E, tudo bem, eu sei que você nem de longe chegou a ser o cara certo, sei que você nunca abriu a porta do carro pra mim, que você mora com dois guris emprestáveis, que você gosta de beber quando não tem nada para fazer. Eu sei. Mas nada disso me impede de te esperar e querer que nós déssemos certo, que você confiasse em nós dois.  Nada me faz parar de achar o garoto que me chama de pequena chato. Eu queria voltar no tempo e dizer que eu ficaria muito chateada em ver você enfiando a língua na boca de outra garota. Eu gostaria de te fazer ficar. Porque ninguém mais me chama de tagarela e de inconveniente, ninguém bagunça meu cabelo e nem diz que eu fico estranha de saia. Eu sinto falta de nós. E mesmo você tendo desistido de mim, eu acredito em nós dois. Acredito, droga. 

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