— Matheus Rocha
domingo, 30 de setembro de 2012
A gente sempre tropeça numa fala, numa frase, numa pergunta que revira o mar da gente em tsunami. Remói lembranças, revira as gavetas, joga tudo em cima da cama. É estranho quando um outro alguém toca em feridas especiais que a gente cultivava com todo amor e carinho, torcendo para que nunca desabrochassem ou virassem flor. Outro dia perguntaram por onde andava o amor da minha vida. Preferi não responder. Achei afronta. Achei ofensa. Talvez porque aquela pergunta fosse tudo que eu gostaria de poder responder, mas não sabia como, nem onde.Um dia desses me perguntaram qual o sentido da vida. Sinceramente pensei. Pensei e não foi pouco. O pior está nas duas palavras seguintes: Não sei. Pensei em responder que estava no ‘seguir em frente’, mas lembrei de que voltar ao passado às vezes faz bem. Pensei em dizer no futuro, mas ele ainda é incógnita. Pensei ainda em parecer centrado e dizer no presente, mas ele ainda não parece completo. Prefiro crer que o sentido da vida, é não saber que sentido a vida faz. Prefiro crer que a vida tem que ser vivida um dia por vez, sem somar o peso individual de cada dia, sem colocar o carro na frente dos bois, ou chorar sobre o leite derramado. Viver é um mistério que com certeza não desvendaremos vivos. É preciso uma coisa que me falta: Paciência.Com o tempo você aprende a sutil diferença de querer e poder. Mas principalmente, com o tempo você descobre uma verdade fundamental: palavras têm poder. Não adianta muito fugir do poder das coisas que a gente diz. Elas são terrivelmente modificadoras de destinos, por isso evito o nunca mais ou o pra sempre. São tempos demais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário