quarta-feira, 27 de julho de 2011

— Senti sua falta.— Eu não.— Não?— Senti falta de nós, do calor, do apego. Do nosso afeto.— Parece até bobagem dizer sobre estas coisas como se tudo já fosse distante…— E não é? Tu não estás aqui. Eu não estou ai. A cama tá vazia. O lençol tá feito. O sofá agora só serve pra assistir futebol aos domingos. Nada de brigas, nem madrugadas. Minha xicará de café… Até ela sente falta.— De que?— De café. E mesmo sem o café tudo o que me resta é a insônia.— Tua vida… tá difícil?— As coisas se complicam, se revertem. São mais vulneráveis do que imaginamos. Ainda mais frágeis do que pensamos…— Estou vendo o nosso álbum. Nossa foto de janeiro. Pareciamos tão…— Nós. Sempre nós.— É, nós…Emudece.— Tu ainda estás ai?— Eu?— Sim, tu.— Eu estou. Eu sempre estive. Tu…— Eu…— Tu que viraste fotografia…— As reticências não ajudam.— E o que ajuda quando nada se tem?— Declarar que agora é uma memória boa. Um passado bom.— Uma fotografia bem bonita.
(Giu , 23:23)
— Senti sua falta.
— Eu não.
— Não?
 Senti falta de nós, do calor, do apego. Do nosso afeto.
— Parece até bobagem dizer sobre estas coisas como se tudo já fosse distante…
— E não é? Tu não estás aqui. Eu não estou ai. A cama tá vazia. O lençol tá feito. O sofá agora só serve pra assistir futebol aos domingos. Nada de brigas, nem madrugadas. Minha xicará de café… Até ela sente falta.
— De que?
— De café. E mesmo sem o café tudo o que me resta é a insônia.
— Tua vida… tá difícil?
— As coisas se complicam, se revertem. São mais vulneráveis do que imaginamos. Ainda mais frágeis do que pensamos…
— Estou vendo o nosso álbum. Nossa foto de janeiro. Pareciamos tão…
 Nós. Sempre nós.
— É, nós…
Emudece.
— Tu ainda estás ai?
— Eu?
— Sim, tu.
— Eu estou. Eu sempre estive. Tu…
— Eu…
 Tu que viraste fotografia
— As reticências não ajudam.
— E o que ajuda quando nada se tem?
— Declarar que agora é uma memória boa. Um passado bom.
— Uma fotografia

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