quarta-feira, 31 de agosto de 2011
terça-feira, 30 de agosto de 2011

"Começou a gostar de si mesma. Os cabelos às vezes se revoltavam contra ela, mas tudo o que ela fazia era sorrir enquanto o Sol clareava seus olhos. Atravessava os sábados frios, escuros e silenciosos e de vez em quando, escrevia para desabafar e filtrar a alma. Quando não encontrava as palavras, afogava-se nas lágrimas. Havia um motivo por trás de cada ação, mas era misteriosa, não contava, desconfiava. As decisões a assustavam, mas depois que se decidia, tudo parecia mais fácil. Amava ao extremo, mas não se sentia amada. Tentava fugir da realidade e encontrou em seus livros a válvula de escape. Era feliz e não sabia."
segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Eu amo suas qualidades, mas confesso que seus defeitos que me atraem. Você sempre tentando acertar, mesmo errando as vezes. Acho lindo quando não consegue fazer algo certo e dá aquela mexidinha no cabelo. Amo seu sorriso sem graça e seu jeitinho bobo. Amo saber que você tem muito a melhorar, amo saber que eu posso te mudar. Mas sei também que não quero que mude. Não sei, mas você é uma caixinha de segredos para mim. Me surpreende e as vezes me parece tão normal. Eu não tenho motivos para te amar, eu só amo e cada pedacinho de você me enlouquece. Sendo certo ou errado, atrapalhado ou organizado, eu te amo.
Mas imagino, pergunto-me se você largaria o suco de laranja na mesa, a TV ligada, a janela aberta, o telefone fora do gancho, a revista dobrada, a rede armada, e correria, viria me ver, tomaria meu pequeno corpo em seus braços e me levantaria a três palmos do chão, tão perto do céu. Se você seria capaz de esquecer do mundo antigo pelo nosso. Se você atravessaria a estrada sem nada no bolso, se escalaria a montanha sem sequer um tubo de oxigênio para precaução, se derrubaria minha porta sem perder tempo procurando as chaves. Porque eu já estou aqui, amor. Corre. Corre que eu te encontro na eternidade.

Todas as noites, exatamente meia noite em ponto, sentava em minha rede gasta e começava a sonhar. Era muito bom dormir e encontrar-me com paixões, amigos, festas. Esquecer os problemas, e por oito horas sorrir de pleno contentamento. Mas ainda melhor, era sonhar acordada - lembrando daquilo que sonhei, detalhes vívidos e prazerosos, com o poder de voltar todas as noites para o mesmo sonho, mudando milhares de vezes diálogos e situações, mas sempre seguindo até o final feliz. Tudo o que precisava fazer era deitar naquela rede acompanhada das estrelas, fechar os olhos e viajar.
Hoje, decidi que nos encontraríamos numa grande festa. Lentamente me transportei até o sonho. Dezenas de gargalhadas e sorrisos brilhavam junto à Lua a alegria que irradiava das notas de um violão velho tocando músicas engraçadas, românticas, perdidas - dignas de serem ouvidas. No centro, uma grande fogueira, suas chamas quase tocavam o céu, brincando com as nuvens. Várias luzes coloridas preenchiam o local, voando como vagalumes em volta das pessoas. Andei devagar até a fogueira, sentando-me em sua frente. Olhando em volta, percebi quão perfeito era aquele cenário, digno de poesias e fotografias para eternizar aquela sublime noite de verão. Você chegou devagar, sentou do meu lado no exato momento em que aquela que seria nossa música começava a nascer nos acordes do violão. Você me sorriu, e eu te sorri de volta. Horas passaram enquanto imaginava aquela cena, desenhando cada contorno seu, pintando as sombras que as chamas fariam em seu rosto. Decidi que já era tempo de palavras serem ditas. Primeiro, pensei em você dizendo simples “olá”, logo depois, mudava de ideia, decidindo que dirias um “a noite está tão linda”. Mas recordei que por certo diria a última coisa que me passasse pela cabeça. Por fim, sussurrou apenas para nós escutarmos:
- Pensei que jamais chegaria.
Eu gostava de pensar que, mesmo sem saber, sabia quem eu era - gostava de imaginar que você me esperava, da mesma forma que te espero. Ouvir aquelas palavras - mesmo que em pensamento - fez com que um sorriso nascesse devagar em meus lábios sonhadores. Então, respondi:
- Perdoe-me por lhe fazer esperar, me perdi pelo caminho e não sabia como retornar. Cheguei a pensar que jamais descobriria a estrada certa. - sorri pesarosa, e senti sua mão tocar a minha.
- Bem, creio que então seja um alívio… - ficou mudo no meio da frase propositalmente, só para atiçar minha curiosidade. Fora do sonho, remexi na rede. Já havia deixado meu coração guiar as palavras. Agora, nada mais era além de uma espectadora.
- O que é um alívio? - indaguei com olhar desconfiado.
- Que nunca mais me separarei de ti.
Depois destas palavras, ele me deu um sorriso - aberto, triunfante -, aquecendo meu coração. Mas mesmo em sonho, o medo se faz presente.
- E se nos perdermos um do outro?
- O nosso amor encontrará o caminho de volta.
Aquelas palavras, ditas com tanta certeza e aquele sorriso que me tirava a razão, expulsaram qualquer “e se” que minha cabeça pudesse criar. A música era apenas uma voz distante. O fogo era um brilho pequeno, quase invisível. Só existíamos nós dois e as palavras. Ele se aproximou de mim, e o sonho acabou. Eu não sabia ainda como seria aquele toque, terminando o sonho antes de criá-lo. É verdade, só consigo imaginar suas mãos nas minhas, e é o máximo que me permito. Por puro medo de que não seja tudo aquilo que imaginava que fosse, e também para guardar um gostinho de ansiedade. Tem coisa que sonhar não basta - só serve para dar mais vontade e tristeza por não saber quando acontecerá -, então todas as noites, após nosso diálogo e troca de olhares, abro os olhos e fito o céu. Imagino que em algum lugar, ele esteja sonhando comigo. O invento sentado em uma cadeira olhando as estrelas, ou mesmo deitado em sua cama, virando de um lado para o outro, sonhando com as mesmas coisas que eu. E pensar que ele está tão ansioso quanto eu, me triplica a vontade de sonhar, para depois encontrá-lo e dizer todas as vezes que nos vimos antes de nos conhecermos. Desta vez, sonhando juntos, sem ponto final.
Hoje, decidi que nos encontraríamos numa grande festa. Lentamente me transportei até o sonho. Dezenas de gargalhadas e sorrisos brilhavam junto à Lua a alegria que irradiava das notas de um violão velho tocando músicas engraçadas, românticas, perdidas - dignas de serem ouvidas. No centro, uma grande fogueira, suas chamas quase tocavam o céu, brincando com as nuvens. Várias luzes coloridas preenchiam o local, voando como vagalumes em volta das pessoas. Andei devagar até a fogueira, sentando-me em sua frente. Olhando em volta, percebi quão perfeito era aquele cenário, digno de poesias e fotografias para eternizar aquela sublime noite de verão. Você chegou devagar, sentou do meu lado no exato momento em que aquela que seria nossa música começava a nascer nos acordes do violão. Você me sorriu, e eu te sorri de volta. Horas passaram enquanto imaginava aquela cena, desenhando cada contorno seu, pintando as sombras que as chamas fariam em seu rosto. Decidi que já era tempo de palavras serem ditas. Primeiro, pensei em você dizendo simples “olá”, logo depois, mudava de ideia, decidindo que dirias um “a noite está tão linda”. Mas recordei que por certo diria a última coisa que me passasse pela cabeça. Por fim, sussurrou apenas para nós escutarmos:
- Pensei que jamais chegaria.
Eu gostava de pensar que, mesmo sem saber, sabia quem eu era - gostava de imaginar que você me esperava, da mesma forma que te espero. Ouvir aquelas palavras - mesmo que em pensamento - fez com que um sorriso nascesse devagar em meus lábios sonhadores. Então, respondi:
- Perdoe-me por lhe fazer esperar, me perdi pelo caminho e não sabia como retornar. Cheguei a pensar que jamais descobriria a estrada certa. - sorri pesarosa, e senti sua mão tocar a minha.
- Bem, creio que então seja um alívio… - ficou mudo no meio da frase propositalmente, só para atiçar minha curiosidade. Fora do sonho, remexi na rede. Já havia deixado meu coração guiar as palavras. Agora, nada mais era além de uma espectadora.
- O que é um alívio? - indaguei com olhar desconfiado.
- Que nunca mais me separarei de ti.
Depois destas palavras, ele me deu um sorriso - aberto, triunfante -, aquecendo meu coração. Mas mesmo em sonho, o medo se faz presente.
- E se nos perdermos um do outro?
- O nosso amor encontrará o caminho de volta.
Aquelas palavras, ditas com tanta certeza e aquele sorriso que me tirava a razão, expulsaram qualquer “e se” que minha cabeça pudesse criar. A música era apenas uma voz distante. O fogo era um brilho pequeno, quase invisível. Só existíamos nós dois e as palavras. Ele se aproximou de mim, e o sonho acabou. Eu não sabia ainda como seria aquele toque, terminando o sonho antes de criá-lo. É verdade, só consigo imaginar suas mãos nas minhas, e é o máximo que me permito. Por puro medo de que não seja tudo aquilo que imaginava que fosse, e também para guardar um gostinho de ansiedade. Tem coisa que sonhar não basta - só serve para dar mais vontade e tristeza por não saber quando acontecerá -, então todas as noites, após nosso diálogo e troca de olhares, abro os olhos e fito o céu. Imagino que em algum lugar, ele esteja sonhando comigo. O invento sentado em uma cadeira olhando as estrelas, ou mesmo deitado em sua cama, virando de um lado para o outro, sonhando com as mesmas coisas que eu. E pensar que ele está tão ansioso quanto eu, me triplica a vontade de sonhar, para depois encontrá-lo e dizer todas as vezes que nos vimos antes de nos conhecermos. Desta vez, sonhando juntos, sem ponto final.

Homens tem uma opinião errada sobre nós mulheres. Não é só porque não temos força fisicamente que somos fracas, pelo contrário, somos muito mais fortes que vocês, pois aguentamos tantas coisas e ainda estamos de pé, aguentamos coisas pela qual vocês não aguentariam. Não é só porque somos mulheresque não sabemos de nada, pelo contrário vocês pouco sabem do que somos capazes
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